Crime. A abertura do inquérito foi pedida pela Coordenadoria da Mulher e da igualdade Racial da Prefeitura de Guarulhos, cidade da região metropolitana da Grande S. Paulo, que nesta quarta-feira (15/10) entregou um exemplar da publicação, para que também seja aberto procedimento criminal contra os responsáveis. Segundo a titular da Coordenadoria da Mulher e da Igualdade Racial, Edna Roland, “as imagens são ofensivas à dignidade de negros e mulheres.
Roland foi coordenadora da área de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial da Unesco e relatora geral da III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância Correlatas, promovida pela ONU, em 2001, na Cidade de Durban, África do Sul. O jornal circulou no final de agosto passado e distribuído na cidade, inclusive a entidades negras como o Centro de Referência de Cultura Negra e Igualdade Racial Xikelela, de Guarulhos, onde a Universidade mantém um campus. O MP, depois de ouvidos os responsáveis pela publicação, poderá denunciá-los pelos crimes previstos na Lei 7.716/89, que pune o racismo e a discriminação. Se condenados poderão pegar de 2 a 5 anos de prisão.
Mas, observando-se que nossa área diz respeito ao racismo virtual, imaginemos que "estes/as" estudantes mantenham um blog, um hotsite ou quem sabe não tenham um link na página institucional da dita universidade. Mesmo que não tenhamos como averiguar isto, agora, certamente dá pra imaginar como aconteceria o racismo virtual neste caso. A exposição vexatória, estereotipada e racista de toda uma população que é, hoje, 50% do país.
Vamos pra frente...
Fonte: Afropress
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Desdobramento deste caso...
S. Paulo - A direção da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto, da Universidade Federal de S. Paulo (Unifesp), admite a responsabilidade pela publicação do jornal “O Menisco – Intermed 2008”, com pelo menos 29 piadas de teor racista, associando negros a doenças e crimes, porém, nega a intenção da prática de qualquer conduta de preconceito ou discriminação.
Em nota oficial, a entidade anunciou que já está tomando todas as providências para a apuração do fato e garantiu estar à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários no inquérito civil instaurado a pedido da Coordenadoria da Mulher e da Igualdade Racial da Prefeitura de Guarulhos.
A promotora Deborah Kelly Affonso (foto a direita), do Grupo de Atuação Especial de Inclusão Social, acenou com um acordo que “vise reparar os danos”. “Há, por exemplo, sugestões para que a Atlética promova fóruns para discutir racismo”, afirmou.A responsável pela representação e coordenadora, Edna Roland, entregou nesta quarta-feira (15/10), um exemplar do jornal e pediu a instauração de inquérito criminal.
Também a direção da Universidade anunciou em nota que em 23 de setembro passado, abriu processo administrativo na Comissão de Ética e Disciplina da graduação para apurar o fato e acrescentou que repudia atos de racismo.
Por: Redação - Fonte: Afropress - 18/10/2008
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