30 de dez. de 2009

Os Casos de Racismo no Second Life

 

 
 
Argumentos otimistas em relação aos universos virtuais ou metaversos, nos informam que estes mundos virtuais nos promete um comunicação sem levar em conta a distância física, o sexo ou raça. Cada avatar é flexível, tornando-o sempre atual. Uma pesquisa feita comprova que nossos preconceitos estão transitando para este mundo virtual.



Trazendo a questão racial no mundo virtual

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Northwestern, (Chicago) conduziu um estudo muito interessante sobre os preconceitos que levamos para o mundo virtual, e os resultados são surpreendentes. Os investigadores usaram o que se chama uma "porta na cara”.

A equipa de investigação dos avatares pediu um ensaio fotográfico de duas horas, seguido de um pedido de uma foto. Inicia-se a partir daí uma análise a partir das gradações em negro e branco.

O efeito da técnica DITF foi significativamente reduzida quando o avatar requerente foi negro. Os avatares branco no experimento DITF recebeu cerca de um aumento de 20 por cento, em conformidade com o pedido moderado, o aumento para avatares negros foi de 8 por cento.

O que é interessante é que os avatares estavam dispostos a ajudar um negro, mas em percentual muito reduzido. Os jogadores pareciam mais dispostos a fazer as coisas por um avatar branco do que para um avatar preto. Por si só, este estudo pode ser vítima de uma série de falhas operacionais: Falar com avatares ocupado, mudanças na forma como a pergunta foi feita, ou variações da restrição de tempo estimado de uma sessão de fotos.

Mas como uma outra série de entrevistas mostra, a questão da preferência racial no Second Life pode ser muito mais aceito e compreendido no mundo virtual do que pensamos.


Ser negro no Second Life

Wagner James dedica algum tempo à questão da corrida virtual em seu grande livro, "The Making of Second Life". Ele entrevistou vários avatares negros no mundo virtual, incluindo uma mulher branca que experimentou como um avatar de pele negra, apenas para encontrar seu círculo social, que ficou muito reduzido, e os amigos perguntando quando ela estava "voltando ao normal."


A variedade de peles no Second Life


A questão da raça pode ser tão desconfortável no mundo virtual que os negros escolherão avatares branco para evitar desagradável indiferença experimentada pela mulher branca mencionada acima.

A idéia de que uma mulher negra escolheria um avatar branco, apenas para evitar o embaraço social de ser negro no metaverso é preocupante.

Em vez de construir um mundo virtual onde a raça é irrelevante, o condicionamento social está produzindo um espaço onde os negros estão tendendo a aceitar ou escolher um tom de pele branca, ou “favoráveis".


O que podemos fazer sobre "A Norma"

O pior é sobre preconceito que ocorre no mundo virtual. Não é que ele ocorra com a aprovação consciente dos participantes – na maioria dos casos, os participantes não extereorizam visões preconceituosas -, mas o condicionamento social faz com que haja uma transição para um tom de pele branco, de modo automático.

Não é que a pele virtual branca é "melhor" do que um tom mais escuro, é apenas que o tom de pele branca que parece ser uma "norma cultural" para os participantes do Second Life. Branco então, é o padrão. É por isso que os amigos da mulher branca, entrevistada por Wagner James Au perguntou, talvez desconhecendo o verdadeiro significado, quando ela estava "voltando ao normal."

Quantos negros ou asiáticos ou os participantes do Oriente Médio preferem colocar pele branca, porque sentem que é simplesmente mais fácil do que lidar com o embaraço potencial de jogar como sua verdadeira cor.

O que pode ser feito sobre o preconceito racial tão arraigado em nossas práticas e consciência? E como admitir que nós, participantes e avatares continuem disseminando estes preconceitos com a nossa aprovação consciente?


Tradução livre: http://translate.google.com.br + Agnaldo Neiva

Para saber mais:

• http://www.northwestern.edu/newscenter/stories/2008/09/virtualworld.html

• http://www.blogcatalog.com/search.frame.php?term=racism+virtual+world&id=0be0bac88a1d6b23a41ec501072da48c

28 de dez. de 2009

Projeto do marco regulatório da internet deve chegar ao Congresso até março de 2010



Retomando as discussões em torno dos assuntos legais relacionados à internete, voltará a circular o projeto de lei, internamento ao Congresso Nacional. O que nos preocupa é que ficam de fora, assuntos relacionados a direito penal. Sabemos que este é um dos temas mais caros desta discussão, já que não há legislação específica nesta temática, permitindo que várias interpretações aconteçam, em temas relativamente próximos. Estaremos acompanhando este tema um tanto polêmico.

Brasília - Até março do próximo ano deve chegar ao Congresso Nacional o projeto de lei do novo marco regulatório da internet. Produzido pelo Ministério da Justiça, o marco civil, como está sendo chamado, deverá tratar de direitos fundamentais dos usuários de internet, responsabilidades desses usuários e deveres do Estado.
 
“A ideia é criar uma primeira camada de interpretações para assuntos legais relacionados à internet, lançando pedras fundamentais para depois tratar outras questões”, explica o coordenador do projeto, Paulo Rená da Silva Santarém.


Para saber mais:

Observatório do Racismo Virtual participa de concurso internacional



O Observatório do Racismo Virtual participa do Concurso Blog Nota 10, uma iniciativa da Revista África e Africanidades, que pretende selecionar os melhores Blogs do Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Duas categorais serão premiadas: Blog’s de pessoas físicas e Blog’s de professores/as da educação básica. O resultado será publicado em 30 de janeiro de 2010.

Você também faz parte deste observatório. Leia, copie, comente, faça sugestões... nossa participação irá contar pontos valiosos para o enfrentamento deste temáticas, tão invisibilizada: o racismo virtual.

Link da revista: africaeafricanidades

23 de dez. de 2009

2010 TEM CENSO... NÓS ESTAMOS ATENTOS/AS...



Brasil marginaliza índios e negros, diz ONU



Discurso de Navi Pillay, Alta Comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas por ocasião de sua visita ao Brasil



(...) Uma questão que foi incrivelmente invisível foi a situação dos povos indígenas. Entre todos os funcionários estaduais e federais que encontrei, acho que não tinha uma única pessoa indígena. Isto é muito indicativo de sua continua marginalização. Houve avanços importantes em termos de legislação para proteger os direitos dos povos indígenas, mas a implementação desses direitos particularmente em nível estadual parece estar demorando demais. A maior parte dos povos indígenas do Brasil não está se beneficiando do impressionante progresso econômico do país, e está sendo retida na pobreza pela discriminação e indiferença, expulsa de suas terras na armadilha do trabalho forçado.

Mesmo a grande população afro-brasileira está enfrentando problemas semelhantes em termos de implementação de programas socioeconômicos e discriminação que os impede de concorrer em igualdade de condições com outros brasileiros. Além do Ministro para a Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, vi poucos afro-brasileiros em altos cargos. Isso foi particularmente notável na Bahia, onde três quartos da população são afro-brasileiros, mas dificilmente qualquer um de seus principais administradores.

Para saber mais: UNIFEM

20 de dez. de 2009

Esquire - Dezembro de 1963.


Foi a primeira vez que um negro foi retratado como Papai Noel na capa de uma revista americana.
A Esquire perdeu U$ 750.000 em anúncios, mas aumentou sua circulação de 500.000 para 2.500.000 exemplares por ano.

Ponto para o “Black Santa Claus”, que acabara de retirar de Floyd Patterson o cinturão de peso pesado.

Reinou pouco, pois um jovem Cassius Clay o derrotou impunemente em Fevereiro de 1964.

A segunda luta em Maio de 1965, já com Muhammad Ali foi decidida em menos de dois minutos. Ele nunca mais foi o mesmo.

Morreu sozinho e misteriosamente em sua casa em Las Vegas em 1971.

O gorro vermelho e branco não disfarça o olhar de tristeza de um rosto marcado pelas surras tomadas do pai e dos punchs e jabs dos adversários.

Mas a imagem de tom melancólico, não deixa de exibir esperança.

Fonte: http://obeec.spaces.live.com/

17 de dez. de 2009

Yalorixás no Século XXI


Acontece, na Biblioteca dos Barris, a mostra fotográfica Yalorixás no Século XXI. As imagens são de autoria do fotógrafo Alberto Lima.

A exposição está sendo promovida pelo Núcleo Omi-Dùdú em parceria com a Sepromi. As fotografias fazem parte de um calendário que será distribuído gratuitamente.

A mostra ficará até o dia 31 e engloba outras atividades como debates e palestras sobre as religiões de matriz africana, reinaguração da Sala Luiz Orlando, mostra de filmes, desfile de moda afro, dentre outras.

Fonte: Blog Mundo Afro

2 de dez. de 2009

Conheça o CULTNE - Acervo Digital de Cultura Negra Brasileira

Assista, edite, reproduza!




Esta é a chamada principal do portal, que nos apresenta uma acervo onde podemos conhecer novos pontos de vista da história do nosso país, através de materiais inéditos em vídeo, em diversos momentos artísiticos e políticos, registrados ao longo de décadas.

Além de assistir, você pode se cadastrar e baixar todo nosso conteúdo para seu computador, utilizando livremente o material em edições jornalísiticas, projetos estudantis, ou qualquer atividade sem fins lucrativos, desde que citada a fonte.

Link: http://www.cultne.com.br/

A grande mídia e a desigualdade racial



Uma Pesquisa do Observatório Brasileiro de Mídia revela posicionamento contrário de grandes revistas e jornais brasileiros em relação aos principais pontos da agenda de interesse da população afrodescendente (ações afirmativas, cotas, Estatuto da Igualdade Racial e demarcação de terras quilombolas).

A pesquisa encomendada pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), realizada pelo Observatório Brasileiro de Mídia (OBM), analisou 972 matérias publicadas nos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo, e 121 nas revistas semanais Veja, Época e Isto É - 1093 matérias, no total - ao longo de oito anos. Em toda a pesquisa, as políticas de reparação - ações afirmativas, cotas, Estatuto da Igualdade Racial e demarcação de terras quilombolas - tiveram o maior percentual de textos com sentidos contrários: 22,2%.

As reportagens veicularam sentidos mais plurais do que os textos opinativos que, com pequenas variações, se posicionaram contrários à adoção das cotas, da aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e da demarcação de terras quilombolas. A argumentação central dos editoriais é de que esses instrumentos de reparação promovem racismo. A cobertura sobre ações afirmativas foi realizada, basicamente, em torno da política de cotas: 29,3% dos textos.

Outros instrumentos pouco foram noticiados. O Estatuto da Igualdade Racial esteve presente apenas em 4,5% dos textos. A discussão sobre as ações afirmativas mereceu atenção de 18,9%. A Lei 10.639/2003, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", praticamente não foi noticiada. Embora a maioria dos estudos e pesquisas realizadas por instituições como IBGE, IPEA, SEADE, OIT, UNESCO, ONU, UFRJ, IBOPE e DATAFOLHA, no período analisado, confirmem o acerto das políticas de ação afirmativa, apenas 5,8% dos textos publicados nos jornais noticiaram e debateram os dados revelados.

Os resultados da importante pesquisa realizada pelo OBM denunciam um estranho paradoxo. Enquanto a grande mídia tem se revelado cada dia mais zelosa - aqui e, sobretudo, em alguns países da América Latina - com relação ao que chama de liberdade de imprensa (equacionada, sem mais, com a liberdade individual de expressão), o mesmo não acontece com a defesa de direitos fundamentais como a reparação da desigualdade e da injustiça histórica de que padece a imensa população negra do nosso país.

Leia na integra o artigo de Venício Lima na Agência Carta Maior.
Fonte: Carlos Moreira, Rede 3º Setor.

20 de nov. de 2009

BRASIL MARCHA PELA IMORTALIDADE DE ZUMBI - 20 DE NOVEMBRO


Fonte: Blog Mundo Afro

Propaganda Caixa Econômica faz homenagem a Oliveira Silveira


Um filme de 30 segundos desenvolvido a partir de uma obra do poeta e pesquisador Oliveira Silveira (1941-2009) será a homenagem da Caixa aos seus 14 mil funcionários afrodescendentes pelo Dia da Consciência Negra, celebrado neste 20 de novembro. A mensagem foi criada pela agência de publicidade NovaS/B e será veiculada em todo o País, a partir de ontem, 19 de novembro.

Link da reportagem com o vídeo. Vale a pena ver... e se emocionar!!!


Agnaldo Neiva


Ficha técnica


Diretor de criação: Antonio Batista

Criação: Rafael Lago

RTV: Marcos Bugni

Atendimento: Thelma Bassit

Aprovação cliente: Clauir Santos e Tadeu Rigo

Produtora: Paranoid BR

Direção: Heitor Dhalia

Diretor de fotografia: Adriano Goldman

Diretor de arte: Marlise Storchi

Montagem: Alex Lacerda

Pós- produção: Casablanca

Finalização: Casablanca

Produtora som: ATAKK

19 de nov. de 2009

Racismo da GLOBO - Em plena semana da Consciência Negra


Peço permissão a Valdélio, para postar sua reflexão acerca dos episodios meticulosamente tramados e criados pela GLOBO.

Caros e caras,



Pena que não tenha tempo para comentar como mais vagar a cena na novela da Globo em que Thaís Araújo é protagonista. Mas, vou falar alguma coisa.

É uma perversidade dos novelistas da emissora produzir, especialmente nesta Semana da Consciência Negra, uma cena em que uma mulher negra (Helena, na novela) é colocada na condição degradante, submissa e humilhante diante de uma branca que a olha de cima com todo o desprezo que o rancor racista pode incutir em alguém. Além de chorar e pedir perdão por um ato que ela não tem responsabilidade, a cena choca porque a personagem negra é compelida a atribuir a si toda a culpa pelo acidente do qual ela não está diretamente associada. Na verdade, o seu sentimento de culpa é decorrente não do acidente em si, mas sim por estar sentindo que o lugar social que ela se encontra não lhe é adequado e, conseqüentemente, não deveria estar, ou seja, fazendo parte de uma família branca. Por essa razão é que ela chora, chora por ter magoado duplamente os brancos: pertencer a uma família branca e ter supostamente contribuído para o acidente da mimada, grosseira e racista menina branca. A mãe de menina sabe que materialmente ela não tem culpa, mas, exige que ela pague pelo acidente com a pena de morte da humilhação, do sofrimento e da submissão mais abjeta: prostar-se ao chão de joelhos, pedir perdão e declarar ao mundo que é este o lugar do negro diante do branco.

Eu nunca vi na televisão algo tão aviltante com o nosso povo como essa cena.

No dia a dia da consciência negra é preciso que a gente diga pelo menos algumas coisas para as nossas crianças, aos jovens, aos adultos e anciões negros: NÃO DEIXEMOS A NOSSA DIGNIDADE SER PISADA PELOS BRANCOS! VAMOS LEVANTAR OS OS OMBROS E OS OLHOS E DIZER, SEM CHORAR: NÃO ACEITAMOS MAIS HUMILHAÇÃO! NÃO ACEITAMOS MAIS PROTAGONIZAR PAPÉIS QUE DEGRADAM A NOSSA CULTURA E A NOSSA CIVILIZAÇÃO! SAIAM DO NOSSO CAMINHO PORQUE VAMOS PASSAR! QUEIRAM OU NÃO!


Abraços,

Valdélio

Valdélio - Historiador - BA

8 de nov. de 2009

Abertura do NOVEMBRO NEGRO no Blog Observatório do Racismo Virtual




NOVEMBRO NEGRO NO BLOG OBSERVATÓRIO DO RACISMO VIRTUAL


O que esperamos neste Novembro Negro de 2009?


Mês da Consciência Negra reafirma a luta do povo negro por plena cidadania

O Dia da Consciência Negra, feriado em muitos municípios, comemorado no dia 20 de novembro remete-nos a Zumbi dos Palmares, o maior ícone da resistência negra ao escravismo no Brasil. A data é marcada país afora por passeatas atos públicos e seminários em várias cidades brasileiras, em cerca de 225 municípios trata-se de feriado. A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.

Fonte: Instituto Búzios

20 de out. de 2009

VOGUE FRANCESA É ACUSADA DE RACISMO

A revista Vogue francesa foi acusada de racismo por um ensaio de moda. O rosto e o corpo da supermodelo holandesa Lara Stone, de pele clara, foram escurecidos para algumas fotos da edição de outubro da publicação. O texto que acompanha as imagens da sessão de moda não dá nenhuma dica sobre o motivo pelo qual a modelo de 25 anos estava com a pele pintada. Uma reportagem do jornal britânico "Guardian" sugere que a revista pode ter ido longe demais com o ensaio. Outro veículo que não poupou a revista de moda foi o blog "Jezebel", que fez duras críticas ao trabalho da editora Carine Roitfeld e do fotógrafo Steven Klein."O que Klein e Roitfeld deveriam saber é que pintar de preto pessoas brancas para o entretenimento de outras pessoas brancas é ofensivo mesmo fora de qualquer contexto cultural."

Fonte: Retirado do site da Ong Gelédes. SOS Racismo - Notícias
Fonte: http://www.jcreport.com/files/article_images/LaraStone3.jpg





Até quando, teremos atitudes racistas como esta. Com tantas modelos negras altamente experiêncites no "mercado", eles pagam para uma modelo que não é negra simular umaidentidade? Certamente cometem racismo, injúria, preconceito, discriminão, tudo junto e ao mesmo tempo. E Há, quem aqui no Brasil, diz que não vê problema algum no que aconteceu. Basta visitar o blog a revista Época, e ler os impropérios da Letícia Sorg.

10 de out. de 2009

História em Quadrinhos Africanos - Exposição


Abertura: dia 14 de outubro, seguida de debate sobre o tema. Local: Museu Afro Brasil, Saõ Paulo. Data: de 15 de outubro a 08 de novembro de 2009. Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/no. – Parque Ibirapuera. Horário: das 10 às 17 horas, com permanência até as 18h, de terça a domingo. Informações: (11) 5579-0593 Estacionamento e acesso de visitantes: pelo portão 3 do parque Ibirapuera, (Zona Azul). Entrada: Grátis. (Texto de divulgação): "A inédita Exposição Picha, com obras de roteiristas e desenhistas de 16 países do Continente Africano será apresentada no Museu Afro Brasil, de 15 de outubro a 08 de novembro. Picha reúne originais de desenhos, álbuns, revistas e publicações de jornais e revistas, e ainda um importante banco de dados com informações sobre desenhistas, chargistas e caricaturistas. Além dos artistas africanos, participam da mostra o norte-americano David Brown, que virá ao Brasil especialmente para participar da programação do evento e o cartunista brasileiro e co-curador da exposição, Maurício Pestana, apresentando semelhanças e diferenças dos desenhos afro-descendentes destes dois países, junto com seus pares na África.

22 de set. de 2009

Pesquisa sobre a cor dos brasileiros

O IBGE publicou hoje um estudo sobre a forma como os brasileiros se autodefinem no quesito cor. No Portal A TARDE On Line tem um texto interesante sobre a pesquisa.
Fonte: Blog Mundo Afro



IBGE: maioria da população se considera parda ou negra

A PNAD 2008 apontou que, no ano passado, pela primeira vez, mais da metade da população brasileira - 50,6% dos habitantes, ante 50% em 2007 - se declarou parda ou negra. Mas, com uma peculiaridade: na pesquisa, a participação das populações negra e branca no total de brasileiros recuou, enquanto as de mestiços e outros (que abrange amarelos e indígenas) cresceu.


Em 2007, o número de negros tinha crescido em comparação com 2006, em movimento atribuído por especialistas às políticas de ações afirmativas,como reservas de vagas em universidades públicas para afrodescendentes. Este ano, contudo, a curva se inverteu, embora o crescimento dos pardos tenha persistido - o grupo também é, em geral, beneficiado pelos mesmos instrumentos que os negros.

A sondagem apontou que, em 2007, 42,5% dos brasileiros se diziam pardos, porcentual que subiu para 43,8% em 2008. Os negros, contudo, reduziram sua participação na população nacional de 7,5% para 6,8%. Houve ainda crescimento dos entrevistados que classificaram sua condição étnica como "outra" - que passaram de 0,8% para 0,9% dos habitantes do Brasil. Já os que se dizem brancos reduziram sua presença na população - em tendência já observada em pesquisas anteriores - de 49,2% para 48,4%.

"O que vínhamos detectando é que cada vez mais brancos começavam a se declarar pardos, porque aumentava a consciência do seu pertencimento; as últimas PNADs já refletiam esse aumento", disse o pesquisador Renato Ferreira, do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). "Agora, o fato de negros se declararem pardos não costumava acontecer. Esse indicador nunca acelerou muito. A oscilação apontada (entre os que se dizem negros) não é tão grande. Pode ser alguma coisa estatística. O que continua valendo é que está aumentando a consciência das pessoas."

Somente a Região Centro-Oeste registrou queda na proporção de pessoas que se dizem pardas, de 2007 para 2008, de 50,9% para 50,2% (0,7 ponto porcentual a menos). Nas demais, houve crescimento. A Norte foi a região onde a expansão foi maior, de 68,3% para 71%, salto de 2,7 pontos porcentuais. Em seguida, veio o Sudeste, com aumento de 2 pontos porcentuais, de 32,4% para 34,4%. Mesmo o Sul, onde predominam descendentes de imigrantes de origem europeia, sobretudo alemã e italiana, registrou aumento de pardos, de 16,4% para 17%, 0,6 ponto porcentual.
 
Agência Estado
Fonte: http://www.atarde.com.br/blog/mundoafro/index.jsf

20 de set. de 2009

Justiça do Pará condena internauta por racismo contra índios no Orkut

A Justiça Federal do Pará condenou um homem a dois anos e seis meses de prisão por conta da participação em uma comunidade racista, contra índios, no site de relacionamentos Orkut. Pelo fato de o réu não ser reincidente e o crime não ter sido cometido com violência ou grave ameaça, no entanto, a pena será substituída pela prestação de serviços comunitários gratuitos. Cabe recurso.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1279292-6174,00-JUSTICA+DO+PARA+CONDENA+INTERNAUTA+POR+RACISMO+CONTRA+INDIOS+NO+ORKUT.html

15 de set. de 2009

PODE ME CHAMAR DE NADÍ


O filme narra a história de Nadí e o conflito que ela vive com seu cabelo pouco aceito no coletivo e seu despertar para a identidade visual positiva e do orgulho de seu cabelo Black quando conhece uma manequim negra na rua.

Pode me chamar de Nadí está participando da jorna de cinema da Bahia e o Déo e a Tamylka estão presentes no evento.

O filme será exibido, novamente, na Jornada na quarta-feira, dia 16 de setembro, às 17:30, lá mesmo no Espaço Unibanco de Cinema - Glauber Rocha, na Praça Castro Alves.


Roteiro: Déo Cardoso
Fotografia: Alex Meira
Direção de arte: Emilena Cardoso
Montagem: Davi Onofre, Déo Cardoso
Produção executiva: Tamylka Viana
Elenco: Nadiézia Ferreira, Laila Pires, Rodger Rogério
Som direto: Yures Viana

O Déo tem um blog: http://www.oquintaldanegrada.blogspot.com

Déo Cardoso

Brasil(CE), 2009
18' - Cor
35mm

14 de set. de 2009

AUDIÊNCIA PÚBLICA: Direito à imagem e ao acesso à produção, distribuição e difusão das artes visuais para as comunidades negras de salvador e região metropolitana.

O Conselho Nacional de Cineclubes – CNC, em parceria com a Campanha Reaja!, a Comunicação Militância e Atitude - CMA HipHop, o Conselho Estadual de Desenvolvimento da Comunidade Negra – CDCN, e o Mandato Popular do Vereador Moisés Rocha, no marco de celebração da trigésima sexta Jornada Internacional de Cinema da Bahia, convoca setores de governo, técnicos da área da produção áudio visual, produtores independentes e os diversos segmentos da comunidade negra baiana para participar da Audiência Pública: Direito à imagem e ao acesso à produção, distribuição e difusão das artes visuais para as comunidades negras de salvador e região metropolitana, que acontece na próxima terça-feira (15-09), às 17h, no Espaço Cultural da Câmara Municipal de Salvador (embaixo do prédio da prefeitura).

A referida audiência publica tem como objetivo discutir o compromisso institucional do poder publico frente à dois eixos fundamentais: O Direito Cultural relacionado à produção, distribuição e difusão das mídias audiovisuais e o controle da imagem captas e difundidas em ruas, favelas, quilombos e carceragens de Salvador e região metropolitana.

No que diz respeito à primeira questão, parte-se do entendimento de que a produção, a distribuição e a difusão das mídias audiovisuais pode ser entendida como um direito humano, particularmente classificado como Direito Cultural, mas que implica inúmeros fatores relacionados aos instrumentos políticos, jurídicos e socioculturais que garantem a liberdade de manifestação cultural e o amplo aceso aos bens culturais. No entanto como acontece em qualquer aspecto dos chamados “direitos humanos”, o que é anunciado pelos marcos da lei e amplamente difundido por expressões do senso comum, setores acadêmicos, empresas de comunicação e outros setores não é vivenciado na realidade das comunidades negras da periferia e quilombos como uma garantia de direito acessível à tod@s.


Apesar do avanço tecnológico proporcionado nos últimos vinte anos na área das comunicações - em veículos impressos, televisão e, sobretudo no advento de ferramentas da internet –, e de inúmeros dispositivos jurídicos protegerem o direito a produção, distribuição e a difusão das mídias audiovisuais, o controle da imagem da comunidade negra por ela mesma é um direito cultural negado como parte da negação de tantos outros direitos. Negar o acesso a produzir e controlar a veiculação de imagens para comunidades negras em certa medida pressupõe também negar o acesso a direitos básicos à vida (como educação, cultura, saúde...) e a assim vice-versa. O fato é que a grande maioria das imagens que são captadas e difundidas em ruas favelas e presídios é na realidade colocada a disposição das elites que controlam os meios de comunicação e de outras que utilizam o aparato midiático para satisfazer seus interesses particulares. Esta realidade quase sempre implica algum tipo de depreciação, criminalização e até mesmo genocídio das comunidades negras.

Por outro lado, o direito á imagem está relacionado à defesa de valores absolutos, indisponíveis, inalienáveis, intransmissíveis, imprescritíveis, irrenunciáveis e impenhoráveis da pessoa humana e sua projeção na sociedade. A sua abrangência integra direitos físicos concernentes a própria existência (direito à vida, à integridade física, ao corpo, à imagem e à voz); direitos psíquicos (direitos à liberdade, à intimidade, à integridade psíquica e ao segredo); além dos direitos morais (direito à identidade, à honra, ao respeito e às criações intelectuais). Este conjunto de direitos são devidamente expressos no artigo 5 da Constituição brasileira sobretudo nos incisos V- relativo ao direito de resposta, proporcional ao agravo e indenização por dano material, moral ou à imagem; X- relativo à inviolabilidade da vida privada, a honra e a imagem das pessoas e à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; e o XXVIII- relativo a proteção de participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas.


No entanto, o conhecimento sobre o modo como é representada a comunidade negra das periferias de Salvador e região pelas grandes empresas de comunicação e o papel que tem cumprido o Estado brasileiro na garantia destes direitos, evidenciam que esse cabedal de institutos normativos funcionam apenas para membros da elite branca de nossa cidade. A captação e a difusão da imagem negra associada ao ideário racista propagandeado por quem controla os grandes meios de comunicação tem agregado expressivo valor simbólico a infração sistemática destes princípios. Não são poucos os programas televisivos sensacionalistas e outros veículos que ao tomar prerrogativas do judiciário, julgam e sentenciam a população negra nas ruas e carceragens da cidade; mostram corpos negros dilacerados, perfurados a bala; estimulam conflitos entre familiares e comunidades e enfim, criminaliza sistematicamente não apenas pessoas, mas toda comunidade em sua representação coletiva . Este tipo de cena vendida em larga escala como fenômeno de audiência tem como efeito a criminalização e/ou ridicularização de homens, jovens e mulheres negras que quase sempre tem seu direito infringido e nem sequer chegam a autorizar a veiculação de suas imagens.

Diante do exposto, se faz necessário o desprendimento de esforços no sentido de cobrar o compromisso institucional para plena realização dos direitos sócio-culturais para as comunidades negras e para o combate ao racismo midiático em suas múltiplas faces. Fará parte da audiencia uma mostra de produções áudio visuais independentes que participarão da XXXVI Jornada internacional de cinema, além da intervenção de diversas representações da sociedade civil e do poder publico que confrontarão variadas perspectivas sobre a questão.

Serviço:
Audiência pública- Direito à imagem e ao acesso à produção, distribuição e difusão das artes visuais para as comunidades negras de salvador e região metropolitana

Data: 15 de setembro de 2009 (terça-feira), às 17:00h

Local: Espaço Cultural da Câmara Municipal de Salvador (embaixo do prédio da prefeitura) - Praça Tomé de Souza

Entrada gratuita

12 de set. de 2009

É o racismo, estúpidos [Aprovação do Estatudo da Igualdade Racial]


10/09/2009
Edson Lopes Cardoso


O repórter Bernardo Mello Franco, de “O Globo”, escreveu que a “Câmara dos Deputados aprovou ontem uma versão esvaziada do Estatuto da Igualdade Racial”. Na mesma reportagem, o ministro Edson Santos afirmou que “o grande avanço é que ele não vai gerar conflito”. (O Globo, p. 11.)


O Dep. Luiz Alberto (PT-BA) por sua vez afirmou, em pronunciamento da tribuna da Câmara, que o texto aprovado era “o possível”. E acrescentou: “Em caráter conclusivo, a matéria vai ao Senado Federal, onde também há um acordo para imediatamente se constituir uma Comissão Especial para aprovar o Estatuto, a fim de que o Presidente Lula, ainda este ano, possa sancioná-lo e dar ao Brasil uma oportunidade de se criar uma verdadeira democracia.”

Segundo ainda a reportagem de Bernardo Franco, “o DEM elogiou as mudanças”. Quem conduziu as negociações pelos Democratas foi o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e já se pode bem avaliar a profundidade (e a realidade) da “verdadeira democracia” para a qual se abrem agora todas as oportunidades.


Johanna Nublat, repórter da “Folha de S. Paulo”, escreveu que a oposição, comandada por Lorenzoni, afirmou “ter tirado todos os pontos com os quais não concordava”. (FSP, p. C9.) Ao “Correio Braziliense”, o deputado fez declarações mais incisivas: “Tiramos qualquer tentativa de racialização do projeto”. (CB, p. 11.) Nublat, aliás, é autora da pérola mais preciosa escrita sobre a versão do Estatuto aprovada ontem na Câmara dos Deputados: “Há também pontos mais práticos, como a possibilidade de o governo criar incentivos fiscais para empresas com mais de 20 empregados e pelo menos 20% de negros.”


Quando o ponto mais prático é uma possibilidade, o leitor pode bem dimensionar o que representa a proposta aprovada para a superação das desigualdades raciais. Nem falo de racismo, porque a Comissão Especial, a rigor, nunca tratou do tema. Mas é fato que, sem falar de racismo, não alcançamos as motivações fundamentais. Há algumas semanas, a mídia divulgou a discriminação sofrida por Januário Alves de Santana, agredido por seguranças do supermercado Carrefour numa cidade da Grande São Paulo.


Todos conhecem a história do homem negro, técnico em eletrônica, que foi acusado de tentar roubar seu próprio veículo, um EcoSport. Acusado e violentamente espancado nas dependências do Carrefour. Segundo ainda o noticiário, Januário viveu tantos constrangimentos após a compra do veículo, que decidiu se livrar dele. Creio que deveríamos fazer uma reflexão sobre como essas imposições violentas de limites têm afetado a população negra. Inclusive entidades e parlamentares.


Por causa de seus traços fisionômicos, seu fenótipo, e de um conjunto de injunções decorrentes da hierarquização do humano vigente entre nós, Januário vê-se obrigado a rever seu projeto, reduzindo suas dimensões, buscando adequar-se aos limites impostos pelo racismo. Um modelo mais modesto de veículo talvez lhe permitisse acomodar-se aos limites rígidos preestabelecidos, seguramente é o que pensa Januário.


Segundo os seguranças do Carrefour citados na revista Carta Capital, tudo, toda a informação estava na cara de Januário. Sua cara não nega, teriam dito os seguranças. E mais: “Você deve ter pelo menos três passagens pela polícia”. Sendo assim, não admiraria que Januário, renunciando a seu projeto legítimo de possuir um EcoSport, fosse preso ou assassinado conduzindo uma bicicleta.(Carta Capital, nº 560,25/08/09 p.16.)


O fato é que os negros vivem em um mundo em que se sabe de antemão muita coisa sobre eles. Impressiona a quantidade de informação que o olhar racista pode colher em um rosto negro. Os negros são no Brasil a evidência pública de um conjunto de delitos. Apoiado por muitos outros autores, Umberto Eco afirma que é o outro, é o seu olhar, que nos define e nos forma. E não se trata aqui, diz ele, de nenhuma propensão sentimental, mas de uma condição fundadora (ver Cinco escritos morais. Editora Record, 1997, p. 95.)


Já sabemos como somos vistos e, a partir desse olhar, como devemos nos definir e conformar nossos projetos. Seria melhor dizer como devemos amesquinhar e reduzir nossos projetos. Sonhos não realizados, esperanças frustradas reafirmando e reforçando a ideologia que previamente nos classificou a todos.
Os parlamentares negros que ontem cantaram e ergueram os punhos fechados e se abraçaram ao DEM, o ministro Edson Santos, a Seppir, a Conen, a Unegro, todos comemoravam no fundo a redução e o amesquinhamento do projeto de Estatuto. Conformaram-se ao “possível”. Confiam que na redução ainda se podem projetar ganhos eleitorais. Vão colher, seguramente, o que plantaram.
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Fonte foto Profº Edson Cardoso: http://www.portalafro.com.br/

11 de set. de 2009

GAMES EM GERAL DISCRIMINAM MULHERES E NEGROS

Pesquisa mostra que maior parte dos personagens em jogos são homens brancos; latinos, velhos e crianças tPor Stella Dauer
Sex, 07 Ago

Quem acha que deveriam ser lançados mais jogos com mulheres como Lara Croft, vai concordar com os resultados da pesquisa de Dimitri Williams e uma equipe da Universidade da Carolina do Sul. De acordo com eles, os jogos mais vendidos possuem muito mais homens brancos do que mulheres e outras minorias.

O estudo foi baseado nos dados de nove plataformas diferentes, e analisou 150 dos jogos mais vendidos no período de 2005 a 2006, mas não incluiu plataformas mais atuais como Nintendo Wii e Playstation 3. Williams disse que seu estudo foi feito para complementar os outros já existentes, que se apoiaram em todos os jogos feitos, e não apenas nos de maior sucesso.

Ele e sua equipe constataram que apenas 15% dos títulos possuem mulheres como protagonistas, e que os personagens latinos ficam com míseros 2%. “A indústria de jogos não focou nas mulheres, apesar de elas representarem 38% de todos os jogadores” disse. A pesquisa também mostrou que 15,2% dos jogadores são compostos por latinos. Idosos, crianças e nativos americanos possuem números inexpressivos.

Negros aparecem em melhor situação, aparecendo bastante nos jogos, mas ficam para trás quando se observam seus perfis, a maioria gângsters e pessoas da rua em jogos como Grand Theft Auto e 50 Cent Bulletproof. “Se eu fosse um negro, ficaria descontente com a fraca qualidade dos meus retratos. Se fosse um hispânico, ficaria descontente com a falta de retratações” afirmou Williams.

Para Williams, a explicação para esse acontecimento é uma só: os desenvolvedores desses jogos também são, em sua maioria, homens e brancos, e tendem a criar personagens parecidos com eles mesmos, noticiou o site Switched.

Segundo o site LiveScience ignorar os consumidores dessa forma pode ser um erro. Isso porque o público que compra os jogos não é mais formado apenas por homens brancos adultos. Crianças e mulheres representam hoje uma grande parcela dos consumidores. “Eu sou o alvo deles, sou um cara branco de 30 anos. Mas o país não se parece mais comigo” comentou Williams.

Fonte: http://www.geek.com.br/ e http://aldeiagriot.blogspot.com/2009/08/games-em-geral-discriminam-mulheres-e.html
Retirado do site yahoo notícias.

10 de set. de 2009

COMISSÃO DA CÂMARA APROVA O ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

A Câmara aprovou nesta quarta-feira o Estatuto da Igualdade Racial, que vem sendo discutido no Congresso desde 2003. Por acordo entre governo e oposição, foram retirados os pontos mais polêmicos do texto original como a criação de cotas para negros nas universidades federais, um percentual que obriga atores e figurantes afrodescentes em programas de TV e a titulação de terras quilombolas.

O deputado Daniel Feliciano (PDT-BA) acusou os colegas de aprovarem o estatuto desidratado, com poucos efeitos práticos para a população negra.

" Esse relatório suprime a essência de muitas coisas que já haviam sido conquistadas em anos de luta "- Esse relatório suprime a essência de muitas coisas que já haviam sido conquistadas em anos de luta.

O acordo manteve a criação de cota para candidatos negros nas eleições, mas reduziu esse percentual de 30% para 10%. Já as cotas na TV foram eliminadas, e os artigos que instituíam a reserva de vagas no ensino superior foram substituídos por um texto genérico, que não fixa prazos ou percentuais. O relatório manteve a promessa, a ser regulamentada, de incentivos fiscais para empresas com 20% de trabalhadores negros.

O presidente da Comissão especial, deputado Carlos Santana (PT-RJ) minimizou as críticas e classificou a aprovação de vitória histórica.- Ao aprovar o estatuto estamos reconhecendo que há discriminação racial no Brasil. Nós não recuamos.O deputado Onix Lorenzoni (DEM-RS) elogiou o texto aprovado.

- O DEM lutou para que o estatuto fosse mestiço como é o Brasil. Não há espaço para racionalização ou para uma nação bicolor.

O ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, disse que a Câmara aprovou o texto que era possível." O DEM lutou para que o estatuto fosse mestiço como é o Brasil. Não há espaço para racionalização ou para uma nação bicolor "- O estatuto foi possível diante da correlação de forças do Congresso. O maior avanço é que ele não vai gerar conflitos porque os partidos estão unidos em torno do mesmo texto - disse o ministro.

Com a aprovação do relatório da Comissão Especial, o projeto deve seguir diretamente para o Senado. A intenção é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancione o estatuto no dia da Consciência Negra, dia 20 de novembro.O texto foi aprovado em clima de festa, com batucada promovida por militantes com roupas e turbantes afro. Os deputados esqueceram o protocolo e votaram de pé. Depois, cantaram de mãos dadas o samba "Sorriso negro", gravado por dona Ivone Lara.

Tramita na CCJ do Senado projeto que estabelece sistema de cotas nas universidades federais. O sistema prevê destinar 50% das vagas a alunos das escolas públicas com subcota racial. Essa subcota segue os critérios do IBGE. Ou seja, depende do número de negros na população do estado. Onde há 70% de negros, 70% das vagas destinadas para estudantes da rede pública devem ir para negros.

Retirado do site O Globo.
Polêmica
Publicada em 10/09/2009
Bernardo Mello Franco - O Globo BRASÍLIA

2º SEMINÁRIO ESTADUAL O NEGRO NA MÍDIA


9 de set. de 2009

Prêmio para fotografias sobre herança africana


Organizado pela Secretaria de Estado de Cultura de São Paulo, por meio de sua Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias, a campanha fotográfica intitulada “África Em Nós” pretende convocar os fotógrafos, amadores ou profissionais, brasileiros ou estrangeiros, a mostrar o que “vê, sente e compreende sobre a presença e a herança africanas no nosso dia a dia”, registando “a grandiosidade e a importância da matriz africana em nossas vidas”.

Cada participante poderá submeter 10 trabalhos em papel ou em suporte digital, sendo que só um deles poderá ser seleccionado pelo Júri.


Fonte: http://www.africaemnos.com.br/

8 de set. de 2009

Nosso Blog no Blog da Fundação Cultural Palmares - 21 Anos!!!

Justiça condena Racista Virtual

Brasília - Em decisão histórica, e por unanimidade, a 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios condenou nesta quinta-feira (03/09) o estudante Marcelo Valle Silveira Mello, 24 anos, a pena de 1 ano e dois meses de reclusão e mais 7 dias-multa pela prática de crime de racismo contra negros na Internet.

Os Desembargadores condenaram Silveira Melo pelos crimes previstos no artigo 20 da Lei 7.716/89 – que prevê penas que variam de dois a cinco anos -, e decidiram substituir a pena privatiza de liberdade por penas restritivas de direito – conforme prevê o artigo 44 do Código Penal – a serem definidas pelo juiz da Vara de Execuções Penais de Brasília. A sentença é a primeira desse tipo no país.

A decisão foi saudada como uma vitória pelo advogado Renato Borges Rezende que acompanhou voluntariamente o caso por delegação da ONG ABC sem Racismo. “Trata-se de uma decisão histórica”, afirmou. A ONG foi admitida no início do processo como assistente de acusação, porque Silveira Mello – à época dos crimes, estudante da Universidade de Brasília – foi responsável confesso por ataques a Afropress e aos jornalistas responsáveis pela Agência Afroétnica de Notícias.

Condenação

O estudante havia sido absolvido, em julho do ano passado, pela juíza Geilza Cavalcanti Diniz, da 6ª Vara Criminal de Brasília. A absolvição causou perplexidade em todo o país, porque a juíza não apenas considerou Silveira Mello inocente, como transformou a decisão num libelo contra o sistema de cotas já adotado por mais de 60 Universidades Brasileiras. A promotora de Justiça, Lais Cerqueira da Silva, do Núcleo de Combate à Discriminação Racial de Brasília, recorreu da decisão.

Se mantida a absolvição, segundo a promotora, seria dada carta branca a grupos racistas e neonazistas que usam a Internet para extravasar e fazer propaganda do ódio racial contra negros. O estudante agia como uma espécie de ativista desses grupos e foi identificado numa primeira investigação desencadeada, em 2005, pelo promotor Cristiano Jorge Santos, do Grupo Armado de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de S. Paulo.

Pregação do ódio racial

Pouco antes, a ONG ABC sem Racismo, havia lançado campanha de alerta a proliferação de páginas e mensagens no Orkut de conteúdo racista. Identificado pelo Gaeco de S. Paulo, as informações foram remetidas a cidade de origem em Brasília, com o Ministério Público do Distrito Federal, por meio do promotor Marcos Antonio Julião, iniciando as investigações que resultariam na denúncia acatada pela Justiça.

Silveira Melo mantinha comunidades no Orkut ofendendo os negros a quem se referia como “burros”, "macacos subdesenvolvidos”, "ladrões", "vagabundos", "malandros", "sujos e pobres". O estudante também é um dos responsáveis pelos primeiros ataques a Afropress em julho e agosto de 2005, quando assumiu o codinome “Br0k3d – o justiceiro”.

Racismo

Na decisão da 2ª Turma Criminal do Tribunal do Distrito Federal e Territórios, o relator Desembargador Roberval Belinati (o do meio na foto), afirmou que, apesar de a Constituição assegurar a livre manifestação do pensamento, esse direito não pode ser utilizado para acobertar a prática de conduta criminosa. "A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível. Dessa forma, caso uma manifestação seja racista, não há que se falar em liberdade de expressão, uma vez que esta conduta é criminosa, apta, portanto, a ensejar a responsabilização criminal do autor", assegurou.

Recurso

Embora seja possível recurso da decisão junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo o advogado processualista Renato Borges Rezende, é muito pouco provável que o STJ reveja a decisão do Tribunal de Justiça de Brasília, porque na análise os ministros apreciarão apenas questões relativas a legalidade e a constitucionalidade e não a provas. “Não houve problema nem quanto a legalidade nem quanto a constitucionalidade. As provas foram confirmadas pelos desembargadores. Com toda a certeza, se houver recurso ao STJ, a sentença será mantida”, afirmou.

Por: Redação - Fonte: Afropress - 4/9/2009
Fonte: http://www.afropress.com/noticiasLer.asp?ID=1992



Leia mais....

Estudante condenado atacou Afropress

S. Paulo - Típico jovem de classe média de Brasília, Marcelo Valle Silveira Melo, foi o primeiro a sentar no banco dos réus – e tornou-se o primeiro a ser condenado pela Justiça, no Brasil - pela prática do crime de racismo na Internet. Ele se tornou um ativista na Rede Mundial de Computadores, tecnologia que gabava-se de dominar, para fazer a apologia do ódio racial e do combate as políticas de ação afirmativa em favor da população negra.

Fonte: http://www.afropress.com/noticiasLer.asp?ID=1993



Acusado de racismo pega um ano de prisão.

por Luísa MedeirosAcusado de cometer crime de racismo na internet, Marcelo Valle Silveira Mello, 23 anos, foi condenado ontem pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a cumprir pena de um ano e dois meses de reclusão em regime aberto(1) e a pagar multa de sete dias do valor do salário mínimo vigente à época da acusação, em 2005.

Fonte: http://sapatariadf.wordpress.com/2009/09/08/acusado-de-racismo-pega-um-ano-de-prisao/

4 de set. de 2009

TJDFT JULGA CASO DE RACISMO NA INTERNET NESTA QUINTA-FEIRA

Está previsto para ser julgado nesta quinta-feira (3/9) o recurso do Ministério Público do DF (MPDFT) contra a decisão, em 1ª instância, da 6ª Vara Criminal de Brasília de absolver um jovem acusado de cometer racismo na Internet. O caso entrou na pauta da 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT). O relator responsável é o desembargador Robeval Belinati.

O caso foi denunciado ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) por um internauta paulista. O órgão investigou o acusado brasiliense, constatou o racismo e remeteu o inquérito para o MPDFT, em agosto de 2005. Marcelo Valle Vieira Mello foi denunciado pelo MPDFT em 21 de setembro de 2005. Na ocasião ele tinha 19 anos. O acusado chegou a afirmar, em depoimento, que parte dos fatos narrados da audiência eram verdadeiros.

VAMOS ACOMPANHAR ESTE CASO ATÉ SEU DEFECHO FINAL, COM A CONDENAÇÃO DOS/DAS RACISTAS VIRTUAIS.

Revista Claudia e UNIFEM defendem o fim do racismo

Com imediata adesão à campanha “Pelo fim do racismo!”, UNIFEM considera decisivo o engajamento da imprensa brasileira no debate sobre as relações raciais e no combate ao racismo


Nelson Mandela, Elisa Lucinda, Barack Obama, Daiane dos Santos e Oprah Winfrey são alguns dos porta-vozes da campanha da revista Claudia “Pelo fim do racismo!”, lançada neste mês. Com seis páginas dedicadas aos depoimentos de negras e negros dos cenários político, cultural e acadêmico, a revista revela histórias de luta e superação do racismo.


“Racismo é o fim. Por isso, Claudia faz, nesta edição, um manifesto pelo fim do racismo, a mais abominável forma de exclusão que ainda persiste no Brasil e no mundo”, explica Marcia Neder, em editorial da revista.



Posicionada em relação aos grandes temas nacionais, a diretora de redação firma o compromisso. “Fomos os últimos a acabar com a escravidão, e o mito da democracia racial só fez atrasar a discussão sobre a igualdade. Tem muito trabalho pela frente. Mas não é tarde, não”, completa Marcia Neder.


Com imediata adesão à campanha “Pelo fim do racismo!”, Rebecca Reichmann Tavares, representante do UNIFEM Brasil e Cone Sul, considera decisivo o engajamento da imprensa brasileira no debate sobre as relações raciais e no combate ao racismo.



“A revista Claudia está dando uma demonstração de como é importante os veículos de comunicação tomarem posição diante dos grandes temas nacionais. A cobertura jornalística equilibrada sobre as relações raciais no Brasil é fundamental para a desconstrução do racismo”, afirma Rebecca, que responderá as perguntas sobre racismo no site WWW.claudia.com.br/defende-causa


Leia as frases que integram o manifesto “Pelo fim do racismo!”


Opine no fórum: como pôr fim ao preconceito racial?

MICROSOFT PEDE DESCULPAS APÓS TROCAR CABEÇA DE NEGRO EM FOTO

Empresa pôs cabeça de branco no lugar da de negro em imagem para seu site na Polônia.
- A Microsoft pediu desculpas após ser acusada de editar uma foto na qual a cabeça de um homem negro foi trocada pela de um homem branco.
A foto, que mostrava empregados sentados ao longo de uma mesa de reunião, apareceu em sua versão original no site da empresa nos Estados Unidos.
Mas no seu site para a Polônia, a gigante do software trocou a cabeça do homem negro por um homem branco, mas deixou a mão do homem intocada.
A Microsoft disse que retirou a imagem de seu site e que investigará quem foi o responsável pelas mudanças na imagem.
A empresa pediu desculpas formais pela gafe.
A imagem alterada, na qual havia também um homem asiático e uma mulher branca, foi amplamente divulgada e circulada em sites e blogs na internet.
Em discussões online, alguns bloggers afirmaram que a Microsoft estava tentando agradar a todos os gostos ao ter um homem com uma face branca e mãos negras.
Outros sugeriram que a empresa pode ter alterado a imagem para refletir melhor a composição étnica da população da Polônia.
Fonte: BBC Brasil

1 de ago. de 2009

Supremo nega liminar do DEM contra cotas raciais da UnB

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, negou hoje (31) o pedido de liminar ajuizado pelo DEM (Democratas) para suspender a adoção pela UnB (Universidade de Brasília) de cotas para admissão de vestibulandos negros.

"Embora a importância dos temas em debate mereça a apreciação célere desta Suprema Corte, neste momento não há urgência a justificar a concessão da medida liminar", afirmou Mendes.

O partido pediu a suspensão do sistema de cotas adotado pela Universidade de Brasília (UnB). Decisões do STF servem como parâmetros para outros casos semelhantes. As cotas vão ainda a julgamento em plenário.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/07/31/ult105u8478.jhtm
Fonte: http://mundoafro.atarde.com.br/?p=1252

31 de jul. de 2009

MP analisa se Danilo Gentili fez piada racista


"King Kong, um macaco que, depois que vai para a cidade e fica famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é? Jogador de futebol?" A frase é de Danilo Gentili, integrante do programa "CQC" (Band). Postada na madrugada de sábado (25) para domingo no Twitter, a declaração se arrasta numa polêmica que deixou de ser virtual e chegou ao MPF-SP (Ministério Público Federal em São Paulo).


Segundo a assessoria de imprensa do MPF-SP, a mensagem de Gentili já foi encaminhada a um procurador, que vai apurar se houve ou não crime de racismo. A ONG Afrobras também se posicionou contra o "repórter inexperiente". "Nos próximos dias devemos fazer uma carta de repúdio. Estamos avaliando ainda [entrar com] uma representação criminal", diz José Vicente, presidente da ONG.


"Isso foi indevido, inoportuno, de mau gosto e desrespeitoso. Desrespeitou todos os negros brasileiros e também a democracia. Democracia é você agir com responsabilidade", avalia Vicente.


Correção de percurso


Alguns minutos após escrever seu primeiro "tweet" sobre King Kong, Gentili tentou se justificar no microblog. "Alguém pode me dar uma explicação razoável por que posso chamar gay de veado, gordo de baleia, branco de lagartixa, mas nunca um negro de macaco?" Mais de uma vez, ele tentou se justificar. "Na piada do King Kong, não disse a cor do jogador. Disse que a loira saiu com cara porque é famoso. A cabeça de vocês que têm preconceito."


No domingo, o integrante do "CQC" jogou na web uma foto em que aparece enjaulado: "Obrigado, pessoal. Vocês conseguiram me prender igual a um macaco por denúncias de racismo." Gentili possui cerca de 165 mil seguidores na plataforma (twitter.com/danilogentili). Nesta segunda-feira, Gentili voltou ao assunto, desta vez abrindo mão do limite de 140 caracteres oferecidos pelo Twitter. Redigiu um texto no blog, com mais de 6.500 caracteres, para defender sua posição. "Quando vejo um cara dizendo que tem orgulho em ser da raça negra eu juro que nem me passa pela cabeça chamá-lo de macaco. E sim de burro", afirmou.


Para ler o texto inteiro, clique aqui. Na noite desta segunda-feira, o humorista disse estar "disposto a pedir perdão a qualquer pessoa que se ofendeu sobre qualquer assunto em qualquer coisa que eu disse". "Quanto a apagar os tweets, não apago, não. Porque eu realmente disse aquilo. Não consigo ainda entender qual o problema com eles, mas se alguém viu problema, que me perdoe. Eu realmente disse aquilo."


Limites do humor


Essa não é a primeira vez que uma declaração de um integrante do "CQC" gera mal-estar. Uma tirada de Rafinha Bastos num programa de abril deste ano relacionava o cantor Roberto Carlos a Aleijadinho. Indagado por Marcelo Tas se conhecia o trabalho do escultor barroco, Bastos respondeu: "conheço 'Emoções', 'Detalhes'..." Essa sequer é a primeira vez que um humorista é acusado de racismo.


Em novembro de 2006, Michael Richards --o Kramer da série "Seinfeld"-- fez declarações que o obrigaram a se desculpar por meses nos EUA. Richards insultou dois negros em um clube de Los Angeles. Os jovens disseram a ele que seu show não era divertido. A resposta, em tradução livre, saiu assim: "Calem a boca! Há 50 anos penduraríamos vocês de cabeça para baixo e lhes espetaríamos o rabo com a porra de um tridente." (Folha online)




Pra quem não sabe quem é esse rapaz...



Afro Imagem


Foto da fotógrafa Alice Smeets, vencedora do prêmio Unicef em 2008. A imagem mostra menina em favela de Porto Príncipe em julho de 2007.





QUEM É A MENINA? TEM NOME?

NÃO É UMA MENINA QUALQUER. É UMA MENINA NEGRA. POSTA NUMA SITUAÇÃO DE MISERABILIDADE. E QUE AO SER FOTOGRAFADA, MAIS UMA VEZ REFORÇA O LUGAR ONDE ESTÃO OS/AS NEGROS/AS, COMO VIVEM OS/AS NEGROS E INTERESSANTE... A REPORTAGEM DIZ QUE O VESTIDO DELA É IMACULADO, LIMPO, BRANCO, SEM SUJEIRAS....

GENTE, VEJAM OS CONTRASTES NUM TEXTO QUE APRESENTA A "GANHADORA" DO PRÊMIO UNICEF.



Reportagem - Foto do Ano 2008A jovem fotógrafa belga Alice Smeets venceu o concurso internacional de fotografia “UNICEF - Foto do Ano”. A sua fotografia vencedora mostra uma menina no maior bairro-da-lata de Port-au-Prince, a capital do Haiti. Embora tenha de viver no meio de terra e lixo, a menina traz no corpo um vestido branco imaculado com laços a condizer no cabelo enquanto caminha descalça por entre a lama. “A foto mostra-nos a coragem e energia de uma menina que está a crescer na adversidade. As crianças dos meios mais pobres demonstram muitas vezes uma grande força” afirmou a patrocinadora?madrinha? da UNICEF Eva Luise Köhler durante a cerimónia de entrega dos prémios na Quinta-feira em Berlim. “A Foto do Ano - UNICEF é um apelo para prestar atenção e dar apoio a estas crianças”. Continua...



QUEM SORRI? QUEM FOI COLOCADO NA MISÉRIA? A IMAGEM APRESENTA PISTAS PARA RESPONDER A ESTAS INDAGAÇÕES?

9 de jul. de 2009

Afro Imagem: a heroína Maria Felipa




A imagem de hoje é uma ilustração que retrata Maria Felipa de autoria de Bruno Aziz. Ela foi feita para o caderno especial A Festa da Bahia que sai encartado numa edição recente do jornal A TARDE.

O caderno traz matérias mostrando como a festa do Dois de Julho [Independência da Bahia], presente no imaginário baiano e também tem dicas pedagógicas para o uso em sala de aula. Um dos textos é sobre a participação feminina na guerra mostrando não apenas as figuras conhecidas de Joana Angélica e Maria Quitéria.


Assinado pela repórter Amélia Vieira, o texto dá destaque à líder Maria Felipa, cuja história começa a ser resgatada. Maria Felipa é conhecida por liderar um grupo de mulheres na Ilha de Itaparica. Elas combateram os portugueses utilizando, principalmente, a inteligência como estratégia.


Terreiro de candomblé em Lauro de Freitas recebe Centro Digital de Cidadania

MAIS UM CENTRO DIGITAL DE CIDADANIA FOI INAUGURADO NESTA QUINTA FEIRA// A FUNDAÇÃO CULTURAL AJAGUNÃ NO MUNICÍPIO DE LAURO DE FREITAS GANHOU DEZ COMPUTADORES CONECTADOS À INTERNET// O OBJETIVO É DE INTEGRAR A INFORMÁTICA TAMBÉM NAS OFICINAS DE PERCUSSÃO/ PENTEADO AFRO E CAPOEIRA///

OUÇA

09/07/2009
Texto e locução: Maiana Marques
Fonte:

27 de jun. de 2009

“É censura”, diz Lula sobre a 'lei Azeredo'

As declarações do presidente Lula fizeram sucesso no 10º Fórum Internacional do Software Livre. Depois de chamar o coordenador do evento, Marcelo Branco, de “ grande amigo” e fazer um cumprimento especial ao professor Sérgio Amadeu, o maior ativista contra a lei de cibercrimes do senador Azeredo, Lula começou um discurso interrompido por muitos aplausos. “A Dilma (Rousseff) já falou pelo governo”, brincou o presidente após a fala recheada de números sobre a inclusão digital e o uso do software livre da ministra Chefe da Casa Civil.

Lula se colocou entre os fundadores do movimento do software livre no Brasil: “Comer desse prato do software livre agora é fácil mas o difícil foi fazê-lo, quando há anos atrás me convenciam da importância”. O Presidente agradeceu à comunidade do software livre que o fez optar pela liberdade: “Ou a gente ia pra cozinha e fazia um prato com o tempero brasileiro ou comia o que a Microsoft oferecia”.

Lula também foi direto no ataque ao projeto de lei do Senador Azeredo - em tramitação - acusada pelo 10º FISL como a instauração da vigilância na internet brasileira. Ele disse que não podia vetar a lei, como pedia um cartaz erguido pela platéia, porque “ainda nem foi aprovada”. No entanto, declarou que “esta lei quer fazer censura” e completou com um aviso ao Ministro Tarso Genro, também no evento: “Precisamos mesmo mudar o código civil e responsabilizar a cultura digital ao invés de começar pela vigilância, afinal nesse governo é proibido proibir”.

Por Tadzia Maya, para o UOL Tecnologia

25 de jun. de 2009

Documentação e memória do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá serão digitalizados na Bahia



Um dos mais tradicionais terreiros da Bahia, o Ilê Axé Opô Afonjá terá o seu Centro de Documentação e Memória Afonjá digitalizado. A inovação tecnológica chega graças a uma parceria da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) com a Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb), e as Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA).

A assinatura do protocolo de intenções que viabiliza esta digitalização acontece amanhã (17), às 10h30, na sede da entidade em São Gonçalo do Retiro, com participação da secretária Luiza Bairros, do Diretor presidente, Elias Sampaio, e a presidente Fátima Mendonça, respectivos titulares dos órgãos parceiros.Como resultado da articulação da Sepromi junto a outros órgãos do Governo do Estado, o Terreiro do Axé Opô Afonjá receberá ainda este ano, um centro digitalizado para o arquivamento do seu acervo e história.

“Logo que recebemos a solicitação do Terreiro, avaliamos a necessidade de não apenas criar as condições para apoiar o Centro de Documentação, mas de uma ação de mais longo prazo que venha a possibilitar a efetiva preservação de parte fundamental da história da cultura negra na Bahia”, comenta a secretária Luiza Bairros.

Dentro destas negociações, a Sepromi conseguiu assegurar ao projeto, a assistência técnica da Prodeb, com suporte tecnológico para a cooperação institucional no âmbito técnico e cultural. "Nós vamos fornecer a rede lógica e elétrica, link para Internet e os computadores, scanner e a impressora para a digitalização do acervo", informa o presidente da Prodeb, Elias Sampaio.O Terreiro que em 2010 completa um século de existência, possui o Centro de Documentação e Memória Afonjá, especializado em cultura africana e afro-brasileira.


Dentro dele, pode-se encontrar um extenso material bibliográfico, etnográfico e histórico que servirá de base para a implantação de um banco de dados para consulta on line. Esta digitalização do acervo do centro de documentação do Ilê Axé Opô Afonjá reforça o compromisso da Sepromi em participar e apoiar as ações da sociedade civil, amplia as margens de pesquisa e divulgação da cultura.

Para o diretor da Prodeb, Elias Sampaio, o projeto do vai possibilitar o suporte às áreas governamentais voltadas para a execução de políticas públicas de igualdade e promoção sociais de mulheres, homens, negras e negros, de enfrentamento e combate das desigualdades sócio-econômicos que resultem na inclusão social da comunidade afro-descendente no Estado da Bahia.Sobre o Terreiro do Axé Opô Afonjá A história do Terreiro do Axé Opô Afonjá começa em 1910, quando Eugênia Anna dos Santos fundou numa roça adquirida no bairro de São Gonçalo do Retiro, o Terreiro Kêtu do Axé Opô Afonjá. O terreiro possui uma área de cerca de 39.000 m2 ocupada por edificações de uso religioso, habitacional e uma vegetação densa que constitui um do poucos espaços verde das redondezas.


Em 1978, Mãe Stella inicia uma obra cultural e social com a fundação de uma creche-escola, de um museu da tradição religiosa, de uma biblioteca de referência para pesquisadores e estudiosos, de sucessivas encontros, debates e seminários, a exemplo do Festival Internacional de Alabês, xicarangomas e runtós, reuniu os melhores músicos sacerdotes do Brasil e do exterior, em 2003, para discutir a herança africana e realizar o primeiro seminário 'Xangô na África e na diáspora'.

A Sociedade Cruz Santa do Axé Opô Afonjá é a entidade civil mantenedora do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá e dos diversos projetos sociais, culturais e educacionais que nele se desenvolvem. Com a digitalização do Centro de Documentação e Memória Afonjá, e a proposta de disponibilizar o acervo on line, coloca a Sociedade Cruz Santa do Axé Opô Afonjá na vanguarda das experiências inovadores de democratização na transmissão dos valores fundamentais da tradição africana no mundo.

Fonte: Você Repórter - Camila França - SEPROMI
Fonte: http://www.correionago.com.br/destaques.php?inot=358

29 de mai. de 2009

Obama vai nomear assessor de cibersegurança para a Casa Branca

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao divulgar nesta sexta-feira um relatório com recomendações para a proteção da rede cibernética do país, anunciou que vai nomear um assessor-chefe de cibersegurança para a Casa Branca. "O ciberespaço é real, e os riscos que o acompanham, também", afirmou Obama na Casa Branca.

Obama também disse que sua administração não vai ditar padrões de cibersegurança a serem seguidos por empresas privadas. A indústria tecnológica vem pressionando pela instalação de um assessor de cibersegurança na Casa Branca, para garantir acesso ao presidente.

Liderada por Melissa Hathaway, a revisão de cibersegurança aconselhou o presidente a nomear um coordenador da Casa Branca para ser responsável pela cibersegurança. O relatório também disse que o setor privado precisa estar envolvido. "Agora nosso mundo virtual está ficando viral", disse Obama. "Estamos apenas começando a explorar a próxima geração de tecnologias que vão transformar nossas vidas de maneiras que nem sequer imaginamos. Um novo mundo está à nossa espera, um mundo de segurança maior e de maior prosperidade potencial, se dermos o salto."

Falhas nas defesas de cibersegurança nos EUA vêm permitindo incidentes graves de roubo de identidades pessoais, dinheiro, propriedade intelectual e segredos comerciais.

Por Diane Bartz
Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo.aspx?cp-documentid=20097922#toolbar