20 de nov. de 2009
Propaganda Caixa Econômica faz homenagem a Oliveira Silveira
Um filme de 30 segundos desenvolvido a partir de uma obra do poeta e pesquisador Oliveira Silveira (1941-2009) será a homenagem da Caixa aos seus 14 mil funcionários afrodescendentes pelo Dia da Consciência Negra, celebrado neste 20 de novembro. A mensagem foi criada pela agência de publicidade NovaS/B e será veiculada em todo o País, a partir de ontem, 19 de novembro.
Link da reportagem com o vídeo. Vale a pena ver... e se emocionar!!!
Aprovação cliente: Clauir Santos e Tadeu Rigo
Produtora som: ATAKK
Link da reportagem com o vídeo. Vale a pena ver... e se emocionar!!!
Agnaldo Neiva
Ficha técnica
Diretor de criação: Antonio Batista
Criação: Rafael Lago
RTV: Marcos Bugni
Atendimento: Thelma Bassit
Produtora: Paranoid BR
Direção: Heitor Dhalia
Diretor de fotografia: Adriano Goldman
Diretor de arte: Marlise Storchi
Montagem: Alex Lacerda
Pós- produção: Casablanca
Finalização: Casablanca
19 de nov. de 2009
Racismo da GLOBO - Em plena semana da Consciência Negra
Peço permissão a Valdélio, para postar sua reflexão acerca dos episodios meticulosamente tramados e criados pela GLOBO.
Caros e caras,
Pena que não tenha tempo para comentar como mais vagar a cena na novela da Globo em que Thaís Araújo é protagonista. Mas, vou falar alguma coisa.
É uma perversidade dos novelistas da emissora produzir, especialmente nesta Semana da Consciência Negra, uma cena em que uma mulher negra (Helena, na novela) é colocada na condição degradante, submissa e humilhante diante de uma branca que a olha de cima com todo o desprezo que o rancor racista pode incutir em alguém. Além de chorar e pedir perdão por um ato que ela não tem responsabilidade, a cena choca porque a personagem negra é compelida a atribuir a si toda a culpa pelo acidente do qual ela não está diretamente associada. Na verdade, o seu sentimento de culpa é decorrente não do acidente em si, mas sim por estar sentindo que o lugar social que ela se encontra não lhe é adequado e, conseqüentemente, não deveria estar, ou seja, fazendo parte de uma família branca. Por essa razão é que ela chora, chora por ter magoado duplamente os brancos: pertencer a uma família branca e ter supostamente contribuído para o acidente da mimada, grosseira e racista menina branca. A mãe de menina sabe que materialmente ela não tem culpa, mas, exige que ela pague pelo acidente com a pena de morte da humilhação, do sofrimento e da submissão mais abjeta: prostar-se ao chão de joelhos, pedir perdão e declarar ao mundo que é este o lugar do negro diante do branco.
Eu nunca vi na televisão algo tão aviltante com o nosso povo como essa cena.
No dia a dia da consciência negra é preciso que a gente diga pelo menos algumas coisas para as nossas crianças, aos jovens, aos adultos e anciões negros: NÃO DEIXEMOS A NOSSA DIGNIDADE SER PISADA PELOS BRANCOS! VAMOS LEVANTAR OS OS OMBROS E OS OLHOS E DIZER, SEM CHORAR: NÃO ACEITAMOS MAIS HUMILHAÇÃO! NÃO ACEITAMOS MAIS PROTAGONIZAR PAPÉIS QUE DEGRADAM A NOSSA CULTURA E A NOSSA CIVILIZAÇÃO! SAIAM DO NOSSO CAMINHO PORQUE VAMOS PASSAR! QUEIRAM OU NÃO!
Abraços,
Valdélio
Valdélio - Historiador - BA
Caros e caras,
Pena que não tenha tempo para comentar como mais vagar a cena na novela da Globo em que Thaís Araújo é protagonista. Mas, vou falar alguma coisa.
É uma perversidade dos novelistas da emissora produzir, especialmente nesta Semana da Consciência Negra, uma cena em que uma mulher negra (Helena, na novela) é colocada na condição degradante, submissa e humilhante diante de uma branca que a olha de cima com todo o desprezo que o rancor racista pode incutir em alguém. Além de chorar e pedir perdão por um ato que ela não tem responsabilidade, a cena choca porque a personagem negra é compelida a atribuir a si toda a culpa pelo acidente do qual ela não está diretamente associada. Na verdade, o seu sentimento de culpa é decorrente não do acidente em si, mas sim por estar sentindo que o lugar social que ela se encontra não lhe é adequado e, conseqüentemente, não deveria estar, ou seja, fazendo parte de uma família branca. Por essa razão é que ela chora, chora por ter magoado duplamente os brancos: pertencer a uma família branca e ter supostamente contribuído para o acidente da mimada, grosseira e racista menina branca. A mãe de menina sabe que materialmente ela não tem culpa, mas, exige que ela pague pelo acidente com a pena de morte da humilhação, do sofrimento e da submissão mais abjeta: prostar-se ao chão de joelhos, pedir perdão e declarar ao mundo que é este o lugar do negro diante do branco.
Eu nunca vi na televisão algo tão aviltante com o nosso povo como essa cena.
No dia a dia da consciência negra é preciso que a gente diga pelo menos algumas coisas para as nossas crianças, aos jovens, aos adultos e anciões negros: NÃO DEIXEMOS A NOSSA DIGNIDADE SER PISADA PELOS BRANCOS! VAMOS LEVANTAR OS OS OMBROS E OS OLHOS E DIZER, SEM CHORAR: NÃO ACEITAMOS MAIS HUMILHAÇÃO! NÃO ACEITAMOS MAIS PROTAGONIZAR PAPÉIS QUE DEGRADAM A NOSSA CULTURA E A NOSSA CIVILIZAÇÃO! SAIAM DO NOSSO CAMINHO PORQUE VAMOS PASSAR! QUEIRAM OU NÃO!
Abraços,
Valdélio
Valdélio - Historiador - BA
17 de nov. de 2009
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