7 de jan. de 2010

Retrospectiva da Exclusão Digital x Inclusão Digital


De acordo com os dados da PNAD 2008, é alto o número de brasileiros/as que não acessam a internet: 104,7 milhões! De acordo com a pesquisa, 33% não acham necessário; 32% não sabe como utilizá-la; 30% não tinham acesso a um computador. Em relação à distribuição territorial da exclusão digital, os estados de Alagoas [48%], Rondônia [43%] e Acre [47%]. Com a popularização do computador pessoal, os preços estão baixando, mas ainda assim não consegue ser vetor de aumento da inclusão digital. Sem perder de vista, que a posse ou uso do computador não necessariamente representa estar incluído digitalmente.

Fontes compiladas para esta matéria: http://www.fatimanews.com.br/canais/noticias/?id=94085

População Negra no Brasil já é 50,3%



Em um ano, a população brasileira ganhou 3,2 milhões de pessoas autodeclaradas pardas, enquanto viu desaparecer 450 mil brancos e 1 milhão de pretos. É o que indicam os dados deste ano da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira. Além do crescimento em números absolutos, os pardos aumentaram a sua participação na base populacional em termos percentuais.

Em 2007, a população residente no país era composta por 48,4% de pessoas brancas, 43,8% de pardas, 6,8% de pretas e 0,9% de amarelas e indígenas. Um ano depois, houve uma elevação de 1,3 ponto percentual na proporção de brasileiros declarados pardos e uma redução das populações pretas (0,7 ponto percentual) e brancas (0,8 ponto percentual).

As razões do "empardecimento" da população

Para especialistas, este fenômeno não deve ser atribuído apenas à variação da taxa de nascimentos e óbitos. Como a pesquisa é baseada na autodeclaração dos entrevistados e a noção de raça é uma construção social, esta variação pode ter raízes em questões subjetivas, ligadas ao sentimento de pertencer a uma determinada etnia, ao preconceito ou mesmo uma reação ao debate sobre políticas afirmativas no Brasil.

Continua...

Obs.: População Negra aqui no Blog é considerada a somatória dos dados das pessoas que se autodeclaram pardas e pretas, respectivamente 43,8% e 6,5%


Título original: Brasil perde brancos e pretos e ganha 3,2 milhões de pardos
Rodrigo Martins, Do UOL Notícias, Em São Paulo

5 de jan. de 2010

Retrospectiva do Racismo Virtual em 2009


Em 2009 tivemos um número de acontecimentos importantes para entendermos como precisamos concentrar esforços para organizar melhor o mundo virtual e fazer o enfrentamento a toda forma de intolerência, desrespeito, preconceito e racismos.

[CASO 1] A partir da retrospectiva de Atheniense (2009), podemos perceber que em relação ao racismo na Internet, tivemos a seguinte situação, que significou uma vitória contra o racismo:

"Em 2009 houve a primeira decisão da justiça brasileira que condenou um réu acusado da prática de crimes de racismo na rede mundial de computadores. A Justiça entendeu que o estudante Marcelo Valle Silveira Mello, 23 anos, morador de Brasília, praticou o crime de racismo e preconceito contra a raça negra, ao fazer críticas ao sistema de cotas adotado pela Universidade de Brasília (UNB). O estudante escreveu em várias mensagens que divulgou pelo Orkut que \\\"os negros são burros, macacos subdesenvolvidos, fracassados, incapazes, ladrões, vagabundos, malandros, sujos e pobres.\\\" A sentença destaca que Marcelo agiu com dolo intenso, porque nas mensagens que divulgou, reiterou as expressões ofensivas a raça negra. Os desembargadores Roberval Casemiro, Silviano Barbosa e Sergio Rocha (TJDFT) foram unânimes no voto de condenação ao estudante."

[CASO 2] Enfrentado racismos que têm rebatimentos no mundo virtual:
Noticiamos repetidas vezes os casos da ausência de negros e negras no Fashion Week. Pois é. Em 2009 a organização teve que cumprir uma decisão judicial. Paulo Sampaio, muito bem nos brinda com uma reportagem que relata o feito:

"Desde o ano passado, a Promotoria abriu um inquérito para apurar a prática de racismo em evento de moda na cidade. As semanas de moda de Paris, Milão e Nova York não perdem por esperar a tendência que a São Paulo Fashion Week está para lançar. De acordo com uma proposta do Ministério Público, as grifes do evento poderão ser obrigadas a cumprir cotas raciais em seus desfiles -no estilo do que já fazem as universidades públicas. Desde o ano passado, a Promotoria abriu um inquérito para apurar a prática de racismo na SPFW."

[CASO 3] DISNEY LANÇA PRIMEIRA PRINCESA NEGRA

A Disney vai trazer às telas a primeira princesa negra de suas produções. O nome da personagem é Tiana e ela será conhecida de todos em dezembro, na animação ‘A Princesa e o Sapo’.

Reparando o que aconteceu até hoje, percebemos que a inocente EMPRESA ESTADUNIDENSE DISNEY, produziu a princesa ruiva [Ariel], a “castanha” [Bela], a loira [Cinderela] e a de cabelo preto [Branca de Neve] e a Bela Adormecida e Jasmini. Cadê a negra?





Estaremos nos empenhando cada vez mais para que casos como estes não fiquem impunes, pois a tecnologia da informação e comunicação é vista como uma das peças chaves para o desenvolvimento do país, mas de nada adiantará isto acontecer, com práticas racistas permitidas. Feliz 2010 e vamos em frente.

Agnaldo Neiva.


Leia o artigo de Atheniense, acesse: Retrospectiva do Direito na Tecnologia da Informação em 2009
Leia a reportagem de Sampaio, acesse: Promotora quer cota para negros em desfiles
Leia postagem sobre a Primeira Princesa Negra, aqui mesmo: Disney Lança primeira princesa negra
Imagem: http://i2.r7.com/

Interfaçe que dá certo? TIC e Educação?

A tecnologia de informação e comunicação (TIC) pode desempenhar um papel importante de apoio na melhoria da qualidade da educação e na reforma educacional. Assim, o Projeto Padrões de Competência para Professores produziu as três brochuras acima com o objetivo de fornecer diretrizes sobre como melhorar as capacidades dos professores nas práticas de ensino por meio de TICs.

Fonte: UNESCO