Especial para O Girassol
2 de jun. de 2011
Na pauta: a intolerância, o preconceito e o racismo nas redes sociais
Danillo Neres
Especial para O Girassol
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A tecnologia, indiscutivelmente, vem provocando mudanças significativas no comportamento das pessoas e na forma de se relacionarem. Atualmente, os usuários estão há um click de distância dos outros. Por conta dessa facilidade, o preconceito, a difamação e o bullying virtual, estão cada vez mais constantes naquilo que os usuários traduzem como “opinião pessoal”.
Todos os dias, o racismo, a xenofobia, a pedofilia, a homofobia, a intolerância às religiões, entre outros casos extremos de preconceito, reduzem os microblogs e redes sociais, a um campo de concentração, onde é possível facilmente promulgar pensamentos retrógrados.
No Brasil, entre 2 e 6 de abril, deste ano, a MITI Inteligência realizou uma pesquisa para identificar o comportamento das pessoas nas redes sociais no que se refere a temas polêmicos, envolvendo intolerância, racismo, bullying e preconceito na rede. Nesse período, foram capturadas mais de 38 mil interações contendo palavras de baixo calão relacionadas a empresas, marcas, personalidade e pessoas comuns.
“Os termos pejorativos são comuns entre perfis anônimos, mas hoje, usuários que se identificam na internet, representam grande parte dos casos de preconceito virtual” avalia Elizangela Grigolette, especialista em crimes virtuais e Gerente de Inteligência da MITI Inteligência. A especialista acrescenta que há leis vigentes para casos de crimes virtuais, porém a aplicabilidade delas não é de conhecimento social. “Ninguém sabe onde estão as delegacias nem como proceder.
A legislação não está clara. Além de criar novas delegacias, é preciso levar ao conhecimento da sociedade as leis que regem esse tipo de crime” enfatiza. “A internet tomou uma dimensão muito grande. É uma terra sem lei, sem princípio” pondera.
Fonte: O Girassol
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