15 de out. de 2011

Jornalistas lançaram hoje (14/10) campanha nacional pela autodeclaração racial e étnica



Spot de rádio e filme de 30 segundos produzidos pela EBC – Empresa Brasil de Comunicação são carro-chefe da campanha “Jornalista de verdade assume a sua identidade” assinada pela FENAJ com apoio da ONU Mulheres

Natal, 14 de outubro de 2011 – A FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas acaba de lançar, nesta tarde de sexta-feira (14/10) durante o 18º Encontro Nacional de Jornalistas em Assessorias de Comunicação que acontece em Natal (RN), a campanha “Jornalista de verdade assume a sua identidade”. No ato de lançamento, o presidente da entidade, Celso Schröder, afirmou que “essa campanha de autodeclaração racial e étnica é um avanço da nossa categoria, que deve ser adotado por todos os sindicatos. A partir de agora, a FENAJ tem o compromisso de fortalecer ainda mais a iniciativa”.

Em seu discurso, Schröder incentivou outros agentes sociais e políticos a se posicionarem com relação ao tema por entender que a a campanha da FENAJ “serve de exemplo para os sindicatos de outros setores e da própria sociedade” atuarem de forma mais ativa no enfrentamento ao racismo e ao sexismo. A iniciativa é assinada em conjunto com a EBC – Empresa Brasil de Comunicação e tem o apoio da ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres.

Conforme deliberação do 31º Congresso Nacional dos Jornalistas, de 2004, faz parte dos esforços da FENAJ gerar um debate mais amplo sobre o enfrentamento ao racismo e às desigualdades de gênero e etnia entre a categoria. A campanha é uma das ações da Federação para implementar os compromissos assumidos com a categoria e divulgar o Ano Internacional das e dos Afrodescendentes Entre as ações está o Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas, realizado em parceria com a ONU Mulheres, em oito capitais brasileiras: Belém, Fortaleza, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo nos meses de agosto e setembro. O curso já atingiu 240 jornalistas. Na segunda-feira (17/10), será realizado na redação da EBC, em Brasília, para uma turma de 30 profissionais, entre jornalistas, produtores, fotógrafos e cinegrafistas.

Além do debate acerca da identidade racial e étnica dos jornalistas e do investimento no preparo de profissionais para a melhoria da prática jornalística na cobertura diária dos temas de gênero, raça e etnia, a FENAJ incorporou a inclusão do item raça/cor/etnia na sua ficha cadastral e dos 31 sindicatos filiados. As informações sobre raça, cor e etnia no cadastro sindical vão derivar dados estatísticos confiáveis e influenciar a análise de indicadores sobre o modo de vida profissional dos/as jornalistas, subsidiando a luta por políticas de igualdade racial e gênero no mercado de trabalho.

A campanha “Jornalista de verdade assume a sua identidade” está sendo realizada nos sindicatos filiados à FENAJ. É composta por peças eletrônicas produzidas pela EBC: spot de rádio, gravado pela jornalista e radialista Mara Régia, e filme de 30 segundos que teve a participação espontânea de funcionários da EBC que se autodeclararam na peça.  Como apoio da EBC, as peças começarão a ser veiculadas nas emissoras públicas de comunicação do país.

http://fenaj.org.br/campanha.php
Fonte: 

Um comentário:

Unknown disse...

Eu gosto de diversidade. O mundo seria muito chato se só houvesse gente branca, como tantos por aí desejam. Acho o racismo uma postura muito ultrapassada e limitadora, pois todos têm o que dizer, o que mostrar. E os exemplos tanto no Brasil como em outros países são muitos. Sem a raça negra jamais poderíamos viver, e todas as raças contribuem para o mundo avançar. Nenhuma das raças negra, indígena, amarela jamais foi primitiva, existem muitos vestígios no planeta que atestam isso.
Pra finalizar, o pessoal que tem a "cor certa" (como eles mesmos gostam de propagandear) não sabe mesmo que a raça humana é uma só. As diferentes tonalidades de pele são só variedades da mesma raça. Atribuir essa ou aquela qualidade negativa a quem tem tonalidades de pele menos claras, morenas ou escuras, é o mesmo que assinar um atestado de completa ignorância a respeito da enorme riqueza e importância das variedades da raça humana, que é una, e que seria monótona se assumisse apenas um aspecto.