22 de mar. de 2010

O racismo explícito da Folha e O Globo

Ter, 16 de Março de 2010 20:16

E ainda tem gente que acha que não existe racismo no Brasil. Mas a própria mídia elitista desmente os adeptos desta tese fajuta – pregada, entre outros, pelo “senhor das trevas” da Rede Globo, Ali Kamel.

Fonte: Portal Vermelho 15 de Março de 2010 - 14h34

Nos últimos dias, ela cometeu dois crimes de racismo. O jornal O Globo simplesmente vetou a publicação de um anúncio pago (pago!) do movimento Afirme-se, que defende as cotas nas universidades brasileiras. Já a FSP (Folha Serra Presidente) se meteu numa enrascada ao dar espaço para o racista Demétrio Magnoli, que esculhambou dois repórteres do próprio jornal.

A peça publicitária do movimento Afirme-se, produzida pela agência baiana Propeg, enfatizava que 60% dos brasileiros apóiam as políticas afirmativas e defendia a manutenção das cotas. O anúncio visava interferir nos debates da audiência pública do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema. Ele foi publicado em vários veículos ao custo médio de R$ 40 mil. Já o jornal da famíglia Marinho, que antes havia orçado a publicação em R$ 54.163,200, ao saber do conteúdo da campanha elevou o preço para R$ 712.608,00 – um aumento de 1.300%.

Preço elevado em 1.300%

Diante deste evidente racismo, a entidade ingressou com representação no Ministério Público do Rio de Janeiro contra O Globo, exigindo a “punição do veículo e a obrigatoriedade da publicação do anúncio a preço simbólico ou gratuito”. Para o jornalista Fernando Conceição, coordenador do Afirme-se, o majoração de 1.300% “é uma coisa irracional, por isso ingressamos com uma representação por abuso de poder econômico”. Segundo o advogado João Fontoura Filha, a atitude do jornal atenta contra a liberdade de expressão e fere vários artigos da Constituição.

Na ação enviada ao subprocurador-geral de Justiça e Direitos Humanos, o advogado afirma que o anúncio visava “informar a sociedade a respeito da constitucionalidade das cotas – tão atacadas nos editoriais e artigos difundidos, entre outros, pelo O Globo”. Mas o jornal preferiu vetar a sua difusão, confirmando a existência de “uma verdadeira campanha que objetiva extinguir, vetar e destruir as poucas iniciativas institucionais de ação afirmativa; e impedir, bloquear e derrotar qualquer possibilidade de criação de novos instrumentos legais de ação afirmativa”.

Magnoli, o novo jagunço das elites

Na mesma semana, os senhores da Casa Grande confirmaram que seguem mandando na mídia. Após publicar matéria dos jornalistas Laura Capriglione e Lucas Ferraz (“DEM responsabiliza negros pela escravidão”), a Folha abriu espaço para o seu jagunço de aluguel, Demétrio Magnoli, atacar seus dois repórteres. No artigo “O jornalismo delinquente”, o novo mercenário das elites se solidariza com o discurso racista do senador demo Demóstenes Torres, que culpou os escravos pela escravidão, e criticou covardemente os dois jornalistas, sugerindo a sumária demissão.

A atitude da Folha, que terceirizou as suas críticas à política de cotas, causou forte repulsa. Um manifesto de solidariedade aos dois repórteres já circula nas redações. Para o blogueiro Leandro Fortes, a Folha cometeu suicídio editorial ao autorizar um “elemento estranho à redação (mas não aos diretores) a chamar de ‘delinquentes’ dois repórteres do jornal, autores de matéria sobre a singular visão do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) da miscigenação racial no Brasil. Vocês, eu não sei, mas eu nunca vi isso na minha vida, nesses 24 anos de profissão. Nunca”.

Enquadramento de repórteres e editores

“Das duas uma: ou a Folha dá direito de resposta aos repórteres insultados, como, imagino, deve prever o seu completíssimo manual de redação, ou encerra suas atividades. Isso porque Magnoli, embora frequente os saraus do Instituto Millenium, não entende nada de jornalismo e confundiu reportagem com opinião”, opina Leandro Fortes. Para ele, o repulsivo artigo de Magnoli visa a “intimidação pura e simples voltada para o enquadramento de repórteres e editores, e não só da Folha, para os tempos de guerra que se aproximam” –, referindo-se a batalha eleitoral em curso.

A delinquência de Magnoli também atingiu um dos principais articulistas da Folha, Elio Gaspari, que ironizou o demo: “Demóstenes Torres estudou história com o professor de contabilidade de seu ex-correligionário Arruda. O senador exibiu um pedaço do nível intelectual mobilizado no combate às cotas”. Para o jagunço, a reportagem e, de quebra, a coluna de Gaspari não deveriam ter sido publicadas sem prévia autorização da direção do jornal. Ou seja: ele exige maior censura na decrépita Folha. Os racistas, bastante reais e atuantes, estão nervosos no combate às cotas.

Fonte: http://www.abpn.org.br/index.php

3 comentários:

Sandra Raquew disse...

Agnaldo fiquei feliz pela leitura crítica da mídia na relação com o racismo. Análise bem fundamentada. Iniciativas como estas são profundamente revitalizadoras de nossa cidadania. Parabéns.
sandra raquew

Anônimo disse...

Um advogado de Belém, Leonardo Bruno Fonseca de Oliveira, faz uso de um blog para divulgar mensagens depreciativas contra os negros e a religiosidade afro-brasileira. Inclusive tenta associar as culturas africanas ao nazismo. Transcrevo alguns dos links e das passagens mais abomináveis:

Sábado, Setembro 12, 2009
http://cavaleiroconde.blogspot.com/2009/09/fazer-parte-de-uma-minoria.html

Quando chegamos à Igreja, encontramos velas acessas pela porta, como que querendo imitar um terreiro de macumba (se bem que a arquitetura da Igreja Luterana daqui lembra mais um templo pagão).

Se há algo perceptível na mitologia e religião africana é a carência de pressupostos morais absolutos. O mal parece andar lado a lado com o bem. O prazer imediato do homem que deseja a mulher negra vale o preço espiritual de destruir sua própria eternidade, a concepção mesma do bem supremo em Deus.

A religiosidade da umbanda pode conviver perfeitamente com a macumba, sem que isso implique necessariamente contradições de princípios éticos e morais.

Pelo contrário, a África é um antro de tribalismo racista entre negros, com suas guerras literalmente genocidas.

Pra que serve o culto racial africano, senão para fragmentar, gerar conflitos inexistentes sobre a mestiça população brasileira? Acaso os ateus marxistas vão virar macumbeiros?

Quarta-feira, Maio 20, 2009
http://cavaleiroconde.blogspot.com/2009/05/catolicismo-de-aparencias.html

Lamento, caro colega: não compartilho do “ecumenismo” que destrói a Igreja como Verdade e a transforma num gosto como outro qualquer, tal como macumba de encruzilhada, Santo Daime ou horóscopo de I Ching.

Segunda-feira, Julho 14, 2008
http://cavaleiroconde.blogspot.com/2008/07/o-adepto-da-religio-civil.html

O ódio anticristão do jornalista chega a ser patético. Um ateu como ele é capaz de aderir até a defesa das práticas tribais africanas da macumba para criticar a religiosidade católica.

Sexta-feira, Novembro 23, 2007
http://cavaleiroconde.blogspot.com/2007/11/o-dia-da-conscincia-racista-negra.html

Zumbi nunca foi contra a escravidão. Como todo africano do século XVII, era um tiranete tribal que escravizava seus inimigos, entre os quais, os próprios negros.

Se os africanos ganhassem a guerra contra os portugueses, o Brasil seria uma gigantesca tribo africana, uma imitação do atraso do continente negro.

Segunda-feira, Novembro 27, 2006
http://cavaleiroconde.blogspot.com/2006/11/o-leviat-e-seus-possessos-espirituais.html

O militante negro racista, insuflado pelo ódio vazio da raça, vira instrumento de divisão social e alimenta mais ainda a segregação que tanto condena. O culto tribal das origens africanas extintas o isola da sociedade ocidental que o acolhe nas democracias. Lembra o nazismo, com suas idolatrias fictícias às Valquírias e aos deuses pagãos germânicos. Qual negro ocidental e cristão, em sã consciência, vai voltar às origens do vodu e da umbanda?

Anônimo disse...

necessario verificar:)